Nos anos 1993/1994, sob a coordenação do seu Serviço de Planejamento, a estatal promovera uma intensa mobilização no Congresso e na sociedade, em contraponto à campanha de difamação e desinformação de que era vítima. Este seu movimento não formal crescia com a experimentação e retornos alcançados, e somava-se a outros em curso no País, objetivando evitar que a Revisão da Constituição de 1988 em curso acolhesse um pretendido desmonte do Estado e da Petrobras. Neste esforço sobressaíram a ousadia e conhecimentos dos empregados de todos os níveis da petroleira, compondo memorável campanha cidadã.
Ao final, obteve-se amplo sucesso. Na referida Revisão, completada em 1994, a Lei 2004 de 1953 foi preservada e o monopólio estatal também.
Mas, mal começara o novo período presidencial de 1995, o então Ministro de Minas e Energia solicitou à Petrobras explicações sobre essa sua atuação junto ao Congresso. Não seria difícil perceber que ele buscava entender como poderiam fazer para evitar o ressurgimento de tão forte movimento de resistência ao novo plano liberal que se iniciaria e que dependia de ampla reforma constitucional. Sem meios termos, proibiram a empresa e seus empregados de se manifestarem, deixando o campo quase que livre para uma campanha e corrida em prol do desmantelamento do quadro estatal do País.
A Nota da Petrobras é autoexplicativa, mas logicamente não entra no porquê do pedido feito. No entanto, ela é histórica, pois coloca à luz do dia o esforço dos quadros da empresa na luta para a preservação deste que é o maior patrimônio nacional. Também, ela é peça importante para que se entenda o Tema 3 – “Desmonte da Petrobras, legal e legitimo ou não?” Parte 2 – “Na vigência da lei 2004 / 1953” publicado neste Site.
Dois trabalhos citados na nota ao Sr. Ministro